Honda Biz enfrenta Yamaha Crypton em duelo de CUBs

terça-feira, 17 de agosto de 2010


No meio de um grande engarrafamento tanto faz estar dentro de um ônibus lotado ou de um confortável automóvel. Quem nessa hora nunca pensou: “Bem que eu gostaria de estar em uma moto”. Ver aquele monte de motos passando, enquanto todos outros veículos estão parados, desperta a inveja de qualquer um.
Para quem busca fugir do trânsito, ou mesmo dar o primeiro passo no mundo das duas rodas, tem nas CUBs uma boa opção. E possibilidade de escolha não falta neste que é um dos segmentos de maior volume de vendas no mercado brasileiro, com mais de 170.000 unidades comercializadas até julho deste ano. Entre elas a Honda Biz 125, a quarta moto mais vendida do Brasil, e a Yamaha Crypton T 115, relançada neste ano pela fábrica japonesa. Ambas são da categoria CUB (Cheap Urban Bike), têm embreagem centrífuga e quatro marchas, porém as semelhanças acabam por aí.
A Honda Biz em sua última reestilização recebeu um visual mais moderno, um novo motor de 125 cm³ e o mais importante: a alimentação por injeção eletrônica. A Yamaha Crypton voltou com um visual renovado e um motor de 115 cm³, mas a alimentação ainda é feita por carburador. Para este comparativo selecionamos as duas versões topo de linha com partida elétrica e freio dianteiro a disco, item que apesar de encarecer a moto é importante para a segurança do motociclista. Ainda mais para quem está começando no mundo das duas rodas.
FICHA TÉCNICA: Honda Biz 125 +
Motor:
OHC, 124,9 cm³, monocilíndrico, refrigerado a ar.
Potência máxima:
9,1 cv a 7.5000 rpm.
Torque máximo:
1,06 kgfm a 3.500 rpm.
Transmissão:
Câmbio de quatro velocidades rotativo, com transmissão final por corrente.
Suspensão:
Garfo telescópico na dianteira; balança oscilante na traseira.
Freios:
Disco simples de 220 mm de diâmetro (dianteiro); Tambor de 110 mm (traseiro).
Dimensões:
1.880 mm de comprimento, 726 mm de largura e 1.075 mm de altura. Entre-eixos 1.261 mm, 133 mm de altura para o solo e 755 mm de altura


DESEMPENHOOlhando para a ficha técnica das motos parece que vai ser um passeio da Biz (9,1 cv de potência e 1,06 kgf.m) sobre a Crypton (8,2 cv de potência e 0,88 kgf.m de torque). Porém na prática, a teoria é outra. No dia-a-dia a moto da Yamaha se mostrou mais esperta nas saídas. Como a transmissão final da Crypton é mais curta ela sai mais rápido de semáforos e logo chega a hora de engatar a última marcha.
Na Honda, a relação final é mais longa. Contudo depois que as motos ganham velocidade os desempenhos são muito parelhos, com leve vantagem para a Honda. A quarta marcha da Biz é bastante longa e acaba sendo usada somente em vias expressas.
Se na potência os modelos não chegam a impressionar na hora de abastecer elas fazem bonito. Durante nossos testes a Biz fez 40 km/l e a Crypton 38 km/l. O tanque da Yamaha tem 4,2 litros de capacidade e a Honda, 4 litros. Apesar do motor da Honda ter maior capacidade cúbica, a alimentação por injeção eletrônica acaba refletindo em menor consumo e respostas mais rápidas do acelerador. Já o motor da Yamaha mesmo bem acertado e funcionando sem engasgos é alimentado por carburador, que tem suas limitações. Mas o consumo não é tão prejudicado, pois a nova Crypton conta com a válvula de cut-off, que interrompe o fornecimento de combustível quando o piloto para de acelerar.EQUIPAMENTOSLado a lado os dois modelos são bonitos e tem o visual moderno, porém em um olhar mais minucioso as diferenças começam a aparecer. Na Crypton os principais diferenciais são o indicador de última marcha engatada no painel (Top) e o suporte da pedaleira da garupa fixado diretamente no quadro (bacalhau), o que significa mais conforto para o passageiro.
Já a Biz + (mais) é o modelo mais completo da linha e tem belas rodas de liga leve. Outro diferencial da CUB Honda na versão + é o marcador de combustível e hodômetro digitais. Porém até mesmo nesta versão mais luxuosa, a Biz traz a pedaleira da garupa fixada na balança traseira. Desta forma o passageiro precisa flexionar as pernas e acompanhar o trabalho dos amortecedores traseiros.
Outra diferença entre os modelos são as rodas traseiras. Na Crypton, as duas rodas são de 17 polegadas o que garante mais estabilidade e segurança, principalmente em vias esburacadas. Entretanto, a roda traseira maior limita o espaço embaixo do banco. Na CUB da Yamaha, o máximo que você pode carregar é sua carteira e um par de luvas.
CONHEÇA AS VERSÕES DAS MOTOS
A Biz é vendida em três versões: a KS de R$ 5.297,00 (com partida a pedal) a ES de R$ 5.854,00 (com partida elétrica) e a + R$ 6.604,00 (com partida elétrica, freio dianteiro a disco, rodas de liga leve e painel com marcador digital). A Crypton tem duas versões: a K de R$ 4.687 (com partida a pedal) e a ED de R$ 5.300 (partida elétrica e freio a disco) todas com rodas raiadas e marcadores analógicos.
Já na Honda Biz a roda dianteira é de 17 polegadas, mas a traseira é aro 14. Com isso se perde um pouco em estabilidade, mas em contrapartida o espaço embaixo do banco comporta um capacete do tipo aberto ou uma mochila. Banco que por sinal é mais largo e mais confortável que o da Crypton.ASSINANDO O CHEQUENa hora de escolher a sua é preciso colocar na balança o que é mais importante para você. Se você quer mais conforto, a comodidade da injeção eletrônica, mais espaço sob o banco e costuma pegar rodovias vá de Biz. Você ainda leva o painel digital e as rodas de liga leve, mas terá de assinar um cheque de maior valor. A Honda Biz 125 + tem preço sugerido de R$ 6.604. Agora se você pretende levar garupa e pilota a maior parte do tempo dentro da cidade, escolha a nova Crypton que, nesta versão ED, sai por R$ 5.300. Com a diferença do valor pode-se comprar um bom capacete e um baú para levar sua mochila. De qualquer maneira e com qualquer uma delas você estará bem equipado para fugir do trânsito sem gastar muito. (por Lucas Rizzollo)

FICHA TÉCNICA: Crypton T 115 ED
Motor:
OHC, 113,7 cm³, monocilíndrico, refrigerado a ar.
Potência máxima:
8,5 cv a 7.5000 rpm.
Torque máximo:
0,88 kgfm a 5.500 rpm.
Transmissão:
Câmbio de quatro velocidades, com transmissão final por corrente.
Suspensão:
Garfo telescópico na dianteira; braço oscilante na traseira.
Freios:
Disco simples de 220 mm de diâmetro (dianteiro); Tambor de 130 mm (traseiro).
Dimensões:
1.930 mm de comprimento, 675 mm de largura e 1.055 mm de altura. Entre-eixos 1.235 mm, 126 mm de altura para o solo e 755 mm de altura do assento para o solo.
Peso:
94,9 kg.

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