Diario de Bordo

domingo, 20 de dezembro de 2009


Expedição Norte & Nordeste, 8.000KM por 16 Estados
De São Paulo ao Pará numa Twister 250cc.
Quem sou:

Leandro Bogzevicius, 26 anos , casado, trabalho no ramo do turismo, motociclista há 5 anos e a 02 adepto do moto-turismo, após ter entrado para o Brazil Rider’s.

Eu sempre tive vontade de fazer algo que me desafiasse, algo incomum para a maioria das pessoas, e como sempre gostei muito de moto e de viajar, a união destes dois gostos em algo grande era o que faltava para mim.

Após 3 anos de planejamento e espera, no dia 30 de maio de 2009 comecei a tornar real um desejo antigo.

A meta da viagem foi dividida em 3 etapas:

Primeira: Ir de São Paulo (Capital) a Natal Rio Grande do Norte pela BR 101
Segunda: Ir do Rio Grande do Norte ao Pará pelo Sertão
Terceira: Seguir do Pará até o Mato Grosso do Sul e conseqüentemente retornar a São Paulo.

Além de São Paulo em meu roteiro contei com os estados do: Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia , Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí, Maranhão, Tocantins, Pará, Mato Grosso, Goiás & Mato Grosso do Sul totalizando 8000km, sendo, 550 km de estrada de terra, trecho este que pega uma pequena. Parte do Rally dos Sertões e tudo isso viajando sozinho

A escolha da moto:

Eu comprei a Twister para uso urbano e para pequenas viagens. A compra desta moto foi uma transição natural pois eu já estava com uma CG125 há 03 anos e queria uma moto maior.

Escolhi a Twister e não uma Tornado por exemplo, pois me sinto mais confortável com motos baixas, eu já tive uma DT180 e me identifiquei mais com o estilo Naked.

Já para a viagem eu não troquei de moto porque a minha Twister é muito confiável e de fácil manutenção, e tinha certeza que não iria ter problemas com ela, mas o mais importante é que eu queria provar que era possível fazer uma viagem destas com uma moto relativamente pequena e fora do estilo Trail, e queria mostrar que esperar pela moto ideal para realizar um sonho é uma grande perda de tempo, pois muitos motociclistas acham que somente com uma grande moto é possível fazer uma longa viagem ou alguns deixam seus sonhos passarem ao longo da vida por estarem esperando a oportunidade de ter uma moto maior para realizar os seus desafios. Como sempre acreditei que “a maior cilindrada tem que estar dentro de você” e acreditei desde o começo que esta viagem iria dar certo.

O fato de viajar sozinho:

Viajar sozinho não era uma grande preocupação para mim, mas para os meus familiares e amigos era uma grande loucura, porém eu nunca vi desta forma.

O que me deixou mais seguro foi ouvir de quem entende do assunto dizer que viajar sozinho não era perigoso. Foi assim que conheci o Brazil Rider´s em 2007 e conheci através da internet o GAU e o ALLAMO, e ambos me disseram que a grande maioria dos motociclistas viajam sozinho e não é algo perigoso, você precisa tomar alguns cuidados, mas não é como as pessoas pensam.

Além do que o meu perfil é de estradeiro solitário, pois para longas viagens eu prefiro viajar sozinho. É muito difícil encontrar alguém que tenha uma grande sinergia para um desafio destes, além do que sou detalhista e gosto de cumprir prazos e horários mesmo estando viajando de férias, quando se esta em grupo isso é quase sempre difícil.

A minha única preocupação era com assaltos, mas quando se esta sozinho você se torna um alvo mais fácil, mas isso nunca passou nem perto de acontecer, alias não tive nenhum problema com desentendimentos ou brigas ao longa da estrada.

Eu ouvi uma frase que achei muito coerente e que fez a diferença na viagem: “Os caminhoneiros são os verdadeiros donos da estrada”, pensando assim eu evitei muitos disabores, e na maioria das vezes esses colegas de estrada foram muito gentis.

O que estava me deixando um pouco apreensivo era o de fato uma constante chuva estar castigando a região do Nordeste, até 2 dias antes de iniciar a viagem eu recebi algumas mensagens de alerta por conta do integrante do Brazil Rider´s locais, mas por incrível que parece a viagem toda se passou sem chuva, pelo contrário segui sempre com um constante sol iluminando o meu caminho.

Para a viagem levei um mapa político do Brasil e um GPS, o mapa foi muito útil, já o GPS nem cheguei a usar, por incrível que parece as estradas estavam bem sinalizadas quanto a placas iniciativas, eu recomendo um Mapa atualizado para se levar, ele será o seu melhor amigo em uma viagem destas.

Vamos então a Viagem:

Dei inicio a expedição dia 31 de Maio com o horário fixo de partida as 05hs da manhã, seguindo os conselhos do grande GAU que me disse que se conseguisse fazer 500km antes do meio dia a minha viagem seria muito produtiva, conselho este que pude comprovar a eficiência na prática, pois desta forma sempre tinha a tarde livre com a opção de explorar melhor a região ou de seguir Em frente e adiantar um pouco a viagem.

Segui viagem pela Dutra com muita euforia, mas muito ansioso e preocupado por chegar ao Rio de Janeiro, pois não sabia andar pela cidade, e tinha informações que a Avenida Brasil por onde iria passar tinha um transito perigoso,mas logo que entrei na cidade vi que não teria dificuldade quanto a isso, e ainda no Rio eu realizei um desejo antigo que era atravessar a ponte Rio – Niterói, sendo contemplado por uma vista lateral do Cristo me dando a maior força, depois de passar por Niterói eu parei para descansar.

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